segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Início da vida não-sedentária

Em setembro de 2007, a minha filha Maria Eduarda então com 1 ano e 1 mês, precisava começar a realizar alguma atividade física e decidimos então que ela faria natação. Como a natação com a professora mais recomendada era na academia Fórmula da Água, a Raphaela resolveu matricular todo mundo. Todo mundo incluía a Duda, ela e eu.


Imagina eu, depois décadas de sedentarismo, começando a malhar. Um horror inicial. No primeiro dia, fui fazer a tal avaliação com uma professora de lá. Nessa avaliação vi que tinha encolhido um centímetro e meio, o que para um baixinho faz diferença. E aquelas coisas, não conseguia fazer uma abdominal sem apoiar as mãos, musculatura flácida etc.


Depois da avaliação me colocaram para me exercitar por uns 10 minutos na esteira, andando, claro. O mais estranho é que, como nunca tinha andado numa esteira, quando ela parou e fui descer, meu cerebelo ainda interpretava como se eu estivesse em movimento. Isso me causou um desequilíbrio momentâneo mas para a infelicidade dos presentes na sala de aeróbica não me estabaquei no chão.


Me subiram então pra sala de musculação. Aquelas geringonças cheias de polias e pesos. Algum professor me fez uma série inicial, só pra começar, e depois ia ter que fazer uma série definitiva. A minha vontade depois da série provisória era voltar de táxi para casa. Mas acho que nem isso ia conseguir, já que não conseguia nem levantar o braço para chamar um. Acho que voltei de metrô mesmo.


Engraçado é que quando seu corpo fica muito tempo sem se exercitar, ele meio que começa a pedir através de dores e cãibras. Eu nunca fui rato de academia, nem sou. Mas sinto falta se não consigo ir.


E então comecei a correr uma a duas vezes por semana, e nos outros dias fazia cross-training (ou Transport). Aliás, nunca entendi porque aquela máquina se chama Transport. Não te transporta pra lugar algum. Você fica pedalando, pedalando, pedalando naquela coisa no mesmo lugar e no mesmo lugar continua. Com algumas calorias a menos, claro.


No início, acho que comecei correndo na velocidade vertiginosa de 7 Km/h!!! E depois fui aumentando a velocidade e distância. Na verdade, nem aumentei tanto assim a velocidade nem a distância. Fato que verão nos próximos posts.


O mais engraçado na academia, não sei isso acontece em todas, mas nessa, depois de umas semanas de treinos, os professores começam a falar coisas do tipo: - Aê, já tá bem melhor, hein? Ou fazem umas caras engraçadas e gesticulando as mãos, passando pela barriga, querendo dizer que a musculação tá "fazendo efeito". É claro que na realidade, um ou dois meses de musculação não faz a menor diferença em termos fenotípicos, a não ser que o cidadão use anabolizantes, o que definitivamente não é a minha. Mas é verdade que a gente se sente melhor, mais disposto e dá vontade de malhar mais pois, por menor que seja a melhora, há alguma e nos dá confiança pra continuar. Hoje em dia ninguém mais fala nada. Ou devem falar pra quem tá começando.


Pelo menos, depois de quase três anos de academia, "cresci" 2 cm!!! Ou seja, se na primeira avaliação estava com 1,68, na última avaliação que fiz no início deste ano estava com 1,705. Ou melhor, um metro, setenta centímetros e meio!!! Certamente, por melhora na postura.


E a Duda e eu continuamos até hoje. Ela na natação e eu na musculação e esteira.

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