domingo, 26 de setembro de 2010

Circuito Athenas 2010 - 1ª Etapa, 5 Km

28 de março de 2010
São Chiquinho com meu número de peito 3187, a medalhinha e a toalha
Este circuito, meio que inspirado no Circuito das Estações da Adidas, é realizada em três etapas, contra quatro da Adidas. A diferença é que a da Adidas tem percursos fixos, de cinco ou 10 Km. A Athenas vai aumentando gradualmente a cada etapa. Então, na primeira etapa podia-se escolher entre cinco e 10 Km, assim como o da Adidas, mas nas etapas seguintes, aumenta o percurso. A segunda etapa é de cinco ou 10 milhas, ou oito ou 16 Km. E a etapa derradeira é 10 ou 21 Km (meia maratona).


Inovando o lugar de retirada do kit, a produção montou estandes no próprio Aterro, no lugar da largada para retirar uma camiseta verde com o nome da corrida, o número de peito e revistas, além de uma sacola. A grande vantagem de ser no Aterro é que era só ir de carro, sem precisar procurar vagas, pagar estacionamento etc. Foi prático. Isso no sábado anterior.


No dia da corrida, como de praxe, chegando no Aterro do flamengo, seguimos direto para a barraca do Chão do Aterro e chegando lá, quem eu encontro? O Marcello Labela, Palmeirense, meio perdido no lugar, com suas incontáveis tatuagens.
Marbela e eu antes da corrida
Aí, o de sempre, pegar o chip, tomar gel de maltodextrina, dar uma última "desabastecida" naqueles banheiros portáteis infectos onde a melhor opção é nunca olhar o que tem dentro do sanitário. O problema é que não olhar significa tentar adivinhar pra onde vai o jato. Mas acredite, é melhor errar o jato do que contemplar o que o atleta anterior (ou os atletas anteriores) comeram e processaram (ou não) na noite anterior.


Eu me julgava bem preparado para esta prova, afinal, eram apenas cinco quilômetros. E logo na largada, comecei a imprimir um ritmo forte. Quer dizer, um ritmo forte para os meus parâmetros, que não é lá grandes coisas. E aí, até o terceiro quilômetro fui bem, mas aí, o esperado. Acabou o gás. Minhas pernas não respondiam, meu fôlego tinha acabado e minha cabeça latejava. Segundo o Labela, num dos postos de hidratação eu me debrucei naquela mesa de gelo e copos de água mineral como se estivesse num balcão de bar para conseguir respirar e recuperar meu fôlego. E fui assim, capengando. Ora dava uma corridinha, ora acabava meu gás e caminhava apenas vendo o Labela se distanciar. 
Correndo mal, mas ainda melhor do que esse cara de verde atrás de mim
Isso se devia a minha dieta nada saudável que até então consistia em comer tudo que pudesse, a hora que quisesse, de tudo um pouco. Ou melhor, de tudo muito. Além disso, ainda tinha os "aditivos" pós prandiais que ingeria sem dó nos momentos de lazer. Ou seja, após chegar em casa, jantava (e bem), me largava no sofá em frente a televisão e detonava sacos inteiros de Cheetos, Doritos, Cebolitos, Baconzitos e outros Canceritos e Oncozitos*. Junto, é claro, com algo doce, como uma barra inteira de Crunch ou Suflair. Ou Toblerone. E neste dia, cheguei a conclusão de que não é algo assim lá muito saudável. O Cláudio tinha me apelidado de CCC (ou comedor compulsivo de Cheetos). Era verdade.
Cláudio, Toninho, eu e o Labelento com as micromedalhas
Eu fiz o percurso em 27 min e 38 seg, enquanto que o Labela tinha feito um tempo quase 1 min a menos. Não é nada, não é nada... Não é porra nenhuma. O Marcello se achando por ter "ganhado" de mim, nesta corrida. 


Na chegada também o de sempre, pegar umas frutas, isotônico, uma toalha que devia ser dado em todas as corridas, por ser útil e a medalha. Aliás, era uma medalha minúscula, que parecia uma tampinha de refrigerante enferrujada. Era a primeira medalha do conjunto que seria formado pelas três etapas e era a do meio. As seguintes serão concêntricas ao redor desta primeira. O previsível foi chegar em casa e ouvir da Raphaela: - você correu pra ganhar essa medalhinha minúscula? Fazendo cara de muxoxo.
Frustrado com a má performance e vontade de ir pra casa


Fotos do evento de sempre e volta pra casa. No meu caso, com a cabeça baixa por um desempenho pavoroso. Definitivamente, o nome deste blog se encaixava perfeitamente.


Uma árvore que acho que é uma cerejeira em frente ao prédio do consulado japonês

* Brincadeira parodiando o nome sempre terminado em "itos" desses biscoitos "saudáveis" com câncer e onco (prefixo de câncer).

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Circuito das Estações Adidas - Outono 2010, 5 Km




















Dia 7 de março de 2010
São Chiquinho com medalha, toalha e número de peito
As coisas na minha vida acontecem na maioria das vezes sem programação, sem um planejamento. E depois de quase um ano sem participar de uma corrida de rua, resolvi que em 2010 iria começar a correr algumas. Assim, do nada mesmo. Até o final do ano passado eu tinha na minha mente que iria correr quando me desse na telha, mas de uma hora pra outra, resolvi participar de mais corridas.

E desde o início do ano comecei a treinar achando que iria correr nesta da Adidas os 10 Km que tanto me enchiam o saco. Os que enchiam o saco são sempre os mesmos, Toninho e Cláudio. Mais o Cláudio. Ele acha que eu tenho que correr mais e mais, mesmo que ele corra menos e menos. Cada hora é uma desculpa nova dele, do tipo, rompeu algum ligamento no joelho, dores na lombar, hemorróidas e assim por diante. Coisas de velho.

E como este ano resolvi que ia correr pelo menos uma corrida de 10 Km pra não ficarem me enchendo o saco, resolvi que seria esta. Treinei algumas poucas vezes e achava que a animação seria suficiente para completar a prova mesmo sem correr por tempo. Tudo pronto, inscrição feita, fui até um estande do lado do Canecão para pegar o kit no dia anterior à prova e voltei pra clínica, isso no sábado, véspera da prova.

Não me lembro exatamente qual procedimento estava fazendo na clínica, mas acho que era alguma cirurgia. Terminada, ia começar a arrumar as coisas pra ir embora, mas São Pedro tinha outros planos para mim e para todos que estavam na clínica. Caiu uma chuva torrencial, realmente as "águas de março" preconizadas pelo Maestro Tom Jobim. Até então, tudo bem, estava abrigado e jogando conversa fora com quem estava na clínica comigo. Eis que a tosadora Marilene me chama para mostrar uma pequena cachoeira que vertia de um cano de esgoto estourado pela força das águas no subsolo da loja inundando uma parte do canil. Por ser esgoto, dá pra imaginar o cheiro agradável que invadia toda a clínica. Pelo menos, como era muita chuva, diluiu e muito aquele líquido desagradabilíssimo, ficando menos nojento.


Após dar um jeito no cano para que não jorrasse mais água de cocô, fui eu e o tosador Henrique com baldes para retirar a água do canil. Apesar de não ser tão fundo, a quantidade de água era enorme e lá fui eu agachando e enchendo baldes para que o Henrique levasse para cima para despejar no vaso. Não sei quanto tempo fiquei tirando aquela água, mas o suficiente para que sentisse uma distensão no músculo adutor da coxa, de ambos os lados. Com o sangue quente ainda, não senti grandes coisas. Mal sabia eu o que me esperava quando o corpo esfriasse. Limpo a clínica, leve trégua na chuva, foi a hora de voltar pra casa o quanto antes. Eu lembro que a rua em frente a clínica passava uma correnteza que, se quisesse simplesmente atravessar a rua, era uma vontade que seria impossível sem que pelo menos molhasse até o joelho. E é uma rua pequena e estreita.


Chegando em casa, relembrando aquela água de fezes que tive contato, fiquei algumas horas me esfregando com toda obsessão que alguém com TOC faria. E o corpo começa a esfriar. E as dores musculares começam a se evidenciar. Ainda tomei alguns antiinflamatórios, mas não miorrelaxantes, pois sabia que se tomasse um, o dia seguinte seria pra lá de sonolento. Durante a madrugada ouvia com certo alívio a chuva intensa que caia lá fora. E sonhava com o cancelamento da prova.

Ao amanhecer, a surpresa. Depois de uma noite onde Noé se sentiria desamparado, as nuvens começavam a se dissipar mostrando um solzinho mixuruca, mas com convicção de que a chuva não voltaria. Eu pensei: - vou lá pra ver o que rola. Me entupo de antiinflamatórios, analgésicos (tramadol. Tomei 100 mg antes de sair de casa) e vou até onde der.


Fui até a casa do Toninho e pra variar ele ainda não estava pronto, faltando coisas do tipo tomar café da manhã na padaria do lado da casa dele e desabastecer provavelmente a janta da noite anterior, o que aumentou minha ansiedade e nojo. E ainda tomei um desses comprimidos que tem paracetamol, cafeína, carisoprodol e diclofenaco . Saí zuzo bem de lá.


Chegando na praça onde era a largada, o resultado da chuva da noite anterior. Diversas barracas, incluindo a do Chão do Aterro, no chão, arrancadas pela força do vento da noite, junto com a chuva, lama na parte de gramado, mas todos os corredores animadíssimos com a prova.

Puxa perna daqui, estica os braços pra lá, leve aquecimento e vi que mesmo com toda a medicação, a musculatura da perna acusava dores até suportáveis mas já começando a medicação fazer efeito, um certo miorrelaxamento.

Largada e ainda correndo zuzo bem, sentia que o corpo não rendia. O cérebro até tentava comandar o corpo para ir adiante, mas o corpo não respondia. Não tinha velocidade e nem com o corpo mais aquecido não adiantava. Eu estava inscrito para correr os 10 Km e na bifurcação de quem ia para os 10 Km e os que iam para os 5 Km, eu vi que a placa dos 5 Km me chamava insistentemente. Eu olhei pra frente, olhei pra placa e aí pensei: ah, foda-se, vou ficar por aqui mesmo.

Depois o Toninho, pra me zoar me mandou uma montagem onde apareciam as placas de 5 e 10 Km, com uma foto minha como se fosse um bebê correndo para os "apenas" 5 Km...
O povo do Chão do Aterro Cláudio e Toninho. E eu da Fórmula da Água
Toninho, uma moça que distribui flyers de outras corridas, Cláudio e eu
Chegada, medalha, isotônico, frutas e fui esperar a chegada do resto do povo. Nesta corrida tem uma coisa legal, além do de sempre. A gente ganha uma toalha na chegada! Funciona bem para o momento e também para uso na academia. Afinal, depois de correr na esteira, sempre é de bom tom não usar as máquinas da musculação todo suado. Ou se suar, depois limpa com aquele perfex com álcool. 


Na hora, o raciocínio era o seguinte. As medalhas eram iguais, sem distinção para quem completa os 5 ou os 10 Km, então, dá na mesma no final das contas. Até o número de peito era igual, afinal, tinha me inscrito na de 10 Km.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Dores nas canelas

Quando a gente começa a correr, normalmente começamos a apresentar dores pelo corpo. Essas dores variam de pessoa para pessoa, de tipo de treino, condições físicas individuais.


E como qualquer sedentário como eu, quando começa a fazer algum tipo de exercício físico, as malditas dores aparecem, tarde ou cedo. No meu caso, lá no primeiro ano de academia, sentia dores lombares, principalmente quando ficava em pé por muito tempo. Isso significava que eu ficava com a Maria Eduarda no colo e me causava dores. O engraçado é que eu não sentia dores se estivesse em movimento, como andar. Mas ficar em pé era muito doloroso.


Na academia eu comecei a fazer exercícios específicos para a musculatura lombar e isso melhorou bem. A não ser num dia em especial que houve uma contratura muscular lombar aguda e que eu não conseguia sequer me abaixar. Para isso resolvi procurar um ortopedista, o Dr. Isaac Szklarz. Este me receitou um antiinflamatório (algum coxib desses) e um miorrelaxante (ciclobenzaprina).


Mas a dor hoje em dia é nas canelas. Não costumo sentir dores no joelho como muitos sentem, apesar de meu joelho direito fazer barulhos semelhantes a um pedaço de plástico sendo triturado num liquidificador. Mas não dói. O que dói é a musculatura tibial anterior. E também o medial tibial. O engraçado é que a dor alterna de lado. Dependendo do dia dói o lado esquerdo, o lado mais frequente, mas as vezes dói o lado direito.


O professor Renan Melo da academia sugeriu uns exercícios para fortalecimento da tal musculatura. Além de fazer fortalecimento das musculaturas da perna e canela, alongamentos específicos. E passou um link para dar uma lida.


Um dos exercícios propostos é colocar uma caneleira no pé, sentado com a perna esticada com o pé solto na borda do banco, fazendo movimentos de flexão e extensão do pé. Dia desses, após um treino de corrida, estava eu calmamente fazendo este exercício quando a Paula, amiga da academia, me olha com seu rosto angelical e com as palavras mais doces, meigas e incentivadoras que um ser humano poderia proferir perguntou: - que viadagem é essa? Vai fazer balé agora?

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Maratona do Rio, Family Run - 2009, 6 Km

Dia 28 de junho de 2009
Segunda Family Run da minha vida com número 10909
Depois de um ano inteiro sem me dedicar a corridas, resolvi fazer meio que por consideração (não me perguntem a que ou quem) a Family Run de 2009. 


Nem tinha treinado direito, estava completamente fora de forma. Pra piorar a situação, no dia anterior foi o churrasco do Palmeiras - RJ comemorando um ano de existência da torcida. Foi no playground do prédio do Paulão, no Leblon. Se é churrasco, tem carne. E tem bebidas. Eu não sou muito de beber cerveja, até porque não gosto muito. Prefiro bebidas destiladas como cachaça. Não sei se alguém sabe, mas sou muito amante de carnes. E o churrasco, apesar de ter sido feito por um corintiano (?!?!), o pai do Luiz Eduardo, também do Palmeiras - RJ, tava muito bom e eu consumi toneladas de carne de churrasco. Além de beber litros de uma bebida alcoólica que parecia algo como ki-suco de acerola com vodka. Um horror, mas era alcoólico e destilado. E eu bebi assim mesmo.
Palmeiras - RJ comemorando seu primeiro aniversário
Prova que eu tava me empaturrando de carne
Isso tudo quer dizer que eu não deveria ter sequer pensado em correr no dia seguinte. O churrasco foi muito bom, me diverti com torcedores do meu time, bebi um troço esquisito alcoólico de cor meio avermelhada e promovemos o projeto "São Marcos na calçada da fama, já!".

No dia seguinte, a corrida. Já tinham me dito que correr ou fazer qualquer exercício aeróbico depois de comer muita carne e álcool era certeza de fracasso e perda de rendimento. Realmente, nunca seis quilômetros nunca me pareceu tão longe.

Durante a corrida, eu que já suo muito normalmente, sentia que suava mais e mais, mas não por aumento de velocidade ou manutenção de ritmo mais forte. Mas por causa de uma sobrecarga de proteínas de difícil digestão do dia anterior, aliada a uma disfunção hepática para metabolização de um carboidrato complexo que é o álcool. Isso fez com que eu me desgastasse de forma completamente anômala prejudicando muito o meu rendimento que, sejamos sinceros, nunca foi lá grande coisa. Isso é visível no meu rosto durante a corrida fotografado por essas empresas de fotografia que ficam espalhados pelo percurso tirando fotos, muitas vezes, constrangedoras.
Parecia um cadáver resgatado do voo AF447 (foto: MidiaSport)
Após o quarto quilômetro, realmente vi que a coisa estava numa situação extrema e crítica, tanto que, depois de pegar um copo de água, minhas pernas já não obedeciam como deveriam. E por diversas vezes deixei de correr para andar, para recuperar o fôlego que já nem existia mais. Não me lembro quantas vezes eu parei de correr para andar, mas foi pelo menos umas quatro vezes. Esse cara com cara de bandido atrás de mim na foto ficou o tempo todo gritando, mandando eu não parar. Como se fosse uma opção minha! Não sei se ele era um desses incentivadores de pessoas. Acho que até funcionou em parte, pois ter um cara desses atrás de você gritando é assustador. E a gente acaba correndo com medo de levar um soco ou um tiro... Sei lá. Melhor não saber.

No final das contas, meu tempo líquido foi de 33 min 24 seg, ficando em 752º lugar geral e 107º por faixa etária. Ou seja, três minutos a mais que no ano anterior. Isso me desanimou e muito.

Mas quando a gente cruza o pórtico de chegada, pega isotônicos, frutas, medalha de participação (o de sempre), tudo fica pra trás. E fica mesmo, pois nesse ano foi a única corrida que participei.
Já melhor. Um pouco.
Mesmo correndo lentamente, sem a menor forma física e emocional, levei "apenas" pouco mais que meia hora. E desta vez, por não ter o que fazer, esperei o povo do Chão do Aterro (i.é., Toninho e Cláudio).

Nesta corrida, a barraca do Chão do Aterro ficava a beira do corredor de chegada do povo da meia maratona e da maratona. E lá fiquei esperando o Toninho e o lento do Cláudio. Vendo a chegada de um monte de gente dos trajetos mais longos, percebi que tinha um monte de bambis* correndo com seus uniformes de jogo. Via um, dois, um monte delas chegando, fora os que já tinham corrido a Family Run (a maioria) que estavam perto da barraca do Chão. Como o tédio me faz ter criatividade nem sempre saudável, resolvi tirar um barato com um bando de sãopaulinos que tinha ali, perto de mim.

Cheguei no grupo e perguntei se eles eram de um bar em Copacabana chamado Guimo´s Pub (antro da bicharada sãopaulina) e prontamente um cervídeo me respondeu que sim. E me perguntou se eu também frequentava lá. Eu respondi que eu não corria muito, pois porco não corre bem, que quem corre bem é bambi! A biba ficou furiosa e começou a falar algo sobre eu ser marrento e tirar onda com a cara delas. Fez meu dia! Fiquei rindo sozinho.

Algum tempo depois o Toninho cruza o pórtico de chegada e horas depois, o Cláudio vem se locomovendo como um daqueles Barbapapas de antigamente.
Eu, Cláudio, Matheus sendo enforcado pelo Toninho
*Bambi = torcedor do time do São Paulo Fashion Clube. Igualmente conhecidas como bicharada, bibas, bailarinas do Morumbicha.


Torcedores do São Paulo que por algum acaso lerem este blog, não levem a mal. Apenas provocações naturais de um Palmeirense fanático.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Maratona do Rio, Family Run - 2008, 6 Km

Dia 29 de junho de 2008
São Francisco e meu número de peito 791
Ainda animado com a corrida Leblon-Leme, resolvi correr esta. Na época, o Cláudio tinha falado que se eu mantivesse uma média de 3 corridas por mês seria ideal! Fala sério, mané, que mané três corridas por mês! Além de não ter saco pra isso tudo, ainda ia falir, pois cada vez mais as corridas aumentam de preço. Bom, claro que é um certo exagero da minha parte, mas são coisas caras, no final das contas. Então, nesse ano, resolvi que correria três corridas no ano.


Esta corrida é uma das mais democráticas, pois têm três modalidades distintas. A Maratona, de 42 Km, a Meia Maratona, de 21 Km e a Family Run, de 6 Km. A Maratona começa depois do Pontal do Recreio, Recreio, Barra, Elevado do Joá, São Conrado, Av. Niemeyer, Leblon, Ipanema, Arpoador, Copacabana, Av. Princesa Isabel, Av. Lauro Sodré, Praia de Botafogo e a chegada no Aterro do flamengo. A Meia Maratona começa na Praia do Pepê e segue pelo Elevado do Joá em diante. E a ralé, digo, a Family Run começa e termina no Aterro, num trajeto de ida e volta.


Para esta corrida eu tinha uma motivação maior, que era chegar na frente de uma dupla de gêmeas, sendo uma igualmente veterinária. Paula e Tássia Gazé. Ou as Gazés! Duas magrelas que malham desde sempre e marrentas, dizendo que eu ia comer poeira delas. E lembro que durante meus treinos, eu perguntei pra Paula em quanto tempo ela fazia os 6 Km. E a resposta dela foi algo em torno de 29 a 30 minutos! O que daria um pace de 12 a 12,5 Km/h??? Eu treinava igual um desesperado na esteira. E nada de conseguir abaixar meu tempo, que sempre girava em torno de 32 a 34 minutos. Até um monitor da academia ficava enchendo meu saco dizendo que eu podia fazer melhor. Eu usei um tênis Nike Air, que me proporcionava mais conforto do que a porcaria da Asics que tinha me causado bolha no pé direito.


Neste dia, da corrida, como o Toninho e o Cláudio iriam correr a meia maratona, eles seguiram direto para a Barra no ônibus do próprio evento. E eu, acordando bem mais tarde, cheguei direto no Aterro de metrô. Naquela multidão, era praticamente impossível encontrar qualquer pessoa. A não ser que tenha marcado em algum lugar (o que não foi o caso) ou por acaso. E não é que na multidão na largada eu encontro as duas e ainda por cima o tal monitor que enchia meu saco? Os três no mesmo lugar! Puta cagada. Daquelas que provavelmente nunca mais irá acontecer.


Dada a largada, o monitor, que tem quase dois metros de altura e metade de pernas, saiu correndo no meio da multidão e nunca mais o vi. Sério. Nunca mais mesmo, porque depois disso ele saiu da academia e só o vi pelo Orkut. Em foto. E comecei a correr num ritmo forte. Eu lembro de ter visto a Paula, a veterinária, ficar meio que pra trás, enquanto que a Tássia, que não sei o que ela faz, sair meio que junto comigo e me acompanhando num ritmo um pouco menor.
Correndo e correndo bem até


O problemas dessas corridas "famosas" é que realmente tem muita gente. E eu não tenho capacidade de correr e ficar olhando pra trás ou pra qualquer lado que não o da frente procurando pessoas. Como diria um ex jogador dos gambás*, o Mirandinha, ou eu corro ou eu penso. Mesmo assim de vez em quando eu olhava pra trás para ver onde ela se localizava. Acho que lá pelo terceiro ou quarto quilômetro não a vi mais.


Quando faltava uns 500 metros, arranquei e cruzei o pórtico de chegada. Aí, o de sempre, pegar frutas, isotônico (UM, pois nunca me deram mais de um... Nem pedindo), pegar a medalha de participação, alongamento etc. E logo depois de mim, coisa de uns dois ou três minutos depois a Tássia chega. E quase 10 minutos depois a Paula. A Paula até tinha um discurso meio que ensaiado, de que tinha saído na noite anterior para uma festa, tinha dormido tarde, tinha bebido e tal. É, pode ser. Já a Tássia ficou me zoando falando que eu corro igual a uma mulherzinha. Sacanagem. 


Enquanto a gente descansava depois da chegada, achei a esposa do Cláudio, a Cristiane, que tinha levado câmera e tirou as duas únicas fotos que tenho deste evento. Mentira, depois eu comprei uma foto minha correndo em papel fotográfico de um site aí qualquer. Acho que foi da Midia Sport.
Esse dia estava tão quente que realmente não fiz muita questão de esperar o Toninho e principalmente o Cláudio chegarem da meia maratona. Fui embora de metrô com as duas. Nesta época, o metrô ainda tinha ar condicionado que funcionava bem e é muito bom poder apreciar um bom vagão gelado num dia quente de início de inverno.

Meu tempo líquido foi impressionante para mim: 30 min e 30 seg! Colocação geral: 261º em 1310 e 32º por faixa etária, em 158! Acho que nunca mais consigo sequer chegar perto deste tempo. Dá um pace de quase 5 min/Km.


No final das contas, em 2008 eu só corri a Leblon-Leme e esta.


*Gambá = corintiano.