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Segunda Family Run da minha vida com número 10909 |
Nem tinha treinado direito, estava completamente fora de forma. Pra piorar a situação, no dia anterior foi o churrasco do Palmeiras - RJ comemorando um ano de existência da torcida. Foi no playground do prédio do Paulão, no Leblon. Se é churrasco, tem carne. E tem bebidas. Eu não sou muito de beber cerveja, até porque não gosto muito. Prefiro bebidas destiladas como cachaça. Não sei se alguém sabe, mas sou muito amante de carnes. E o churrasco, apesar de ter sido feito por um corintiano (?!?!), o pai do Luiz Eduardo, também do Palmeiras - RJ, tava muito bom e eu consumi toneladas de carne de churrasco. Além de beber litros de uma bebida alcoólica que parecia algo como ki-suco de acerola com vodka. Um horror, mas era alcoólico e destilado. E eu bebi assim mesmo.
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Palmeiras - RJ comemorando seu primeiro aniversário |
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Prova que eu tava me empaturrando de carne |
No dia seguinte, a corrida. Já tinham me dito que correr ou fazer qualquer exercício aeróbico depois de comer muita carne e álcool era certeza de fracasso e perda de rendimento. Realmente, nunca seis quilômetros nunca me pareceu tão longe.
Durante a corrida, eu que já suo muito normalmente, sentia que suava mais e mais, mas não por aumento de velocidade ou manutenção de ritmo mais forte. Mas por causa de uma sobrecarga de proteínas de difícil digestão do dia anterior, aliada a uma disfunção hepática para metabolização de um carboidrato complexo que é o álcool. Isso fez com que eu me desgastasse de forma completamente anômala prejudicando muito o meu rendimento que, sejamos sinceros, nunca foi lá grande coisa. Isso é visível no meu rosto durante a corrida fotografado por essas empresas de fotografia que ficam espalhados pelo percurso tirando fotos, muitas vezes, constrangedoras.
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Parecia um cadáver resgatado do voo AF447 (foto: MidiaSport) |
No final das contas, meu tempo líquido foi de 33 min 24 seg, ficando em 752º lugar geral e 107º por faixa etária. Ou seja, três minutos a mais que no ano anterior. Isso me desanimou e muito.
Mas quando a gente cruza o pórtico de chegada, pega isotônicos, frutas, medalha de participação (o de sempre), tudo fica pra trás. E fica mesmo, pois nesse ano foi a única corrida que participei.
Já melhor. Um pouco. |
Mesmo correndo lentamente, sem a menor forma física e emocional, levei "apenas" pouco mais que meia hora. E desta vez, por não ter o que fazer, esperei o povo do Chão do Aterro (i.é., Toninho e Cláudio).
Nesta corrida, a barraca do Chão do Aterro ficava a beira do corredor de chegada do povo da meia maratona e da maratona. E lá fiquei esperando o Toninho e o lento do Cláudio. Vendo a chegada de um monte de gente dos trajetos mais longos, percebi que tinha um monte de bambis* correndo com seus uniformes de jogo. Via um, dois, um monte delas chegando, fora os que já tinham corrido a Family Run (a maioria) que estavam perto da barraca do Chão. Como o tédio me faz ter criatividade nem sempre saudável, resolvi tirar um barato com um bando de sãopaulinos que tinha ali, perto de mim.
Cheguei no grupo e perguntei se eles eram de um bar em Copacabana chamado Guimo´s Pub (antro da bicharada sãopaulina) e prontamente um cervídeo me respondeu que sim. E me perguntou se eu também frequentava lá. Eu respondi que eu não corria muito, pois porco não corre bem, que quem corre bem é bambi! A biba ficou furiosa e começou a falar algo sobre eu ser marrento e tirar onda com a cara delas. Fez meu dia! Fiquei rindo sozinho.
Algum tempo depois o Toninho cruza o pórtico de chegada e horas depois, o Cláudio vem se locomovendo como um daqueles Barbapapas de antigamente.
Eu, Cláudio, Matheus sendo enforcado pelo Toninho |
Torcedores do São Paulo que por algum acaso lerem este blog, não levem a mal. Apenas provocações naturais de um Palmeirense fanático.
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