terça-feira, 7 de setembro de 2010

Maratona do Rio, Family Run - 2009, 6 Km

Dia 28 de junho de 2009
Segunda Family Run da minha vida com número 10909
Depois de um ano inteiro sem me dedicar a corridas, resolvi fazer meio que por consideração (não me perguntem a que ou quem) a Family Run de 2009. 


Nem tinha treinado direito, estava completamente fora de forma. Pra piorar a situação, no dia anterior foi o churrasco do Palmeiras - RJ comemorando um ano de existência da torcida. Foi no playground do prédio do Paulão, no Leblon. Se é churrasco, tem carne. E tem bebidas. Eu não sou muito de beber cerveja, até porque não gosto muito. Prefiro bebidas destiladas como cachaça. Não sei se alguém sabe, mas sou muito amante de carnes. E o churrasco, apesar de ter sido feito por um corintiano (?!?!), o pai do Luiz Eduardo, também do Palmeiras - RJ, tava muito bom e eu consumi toneladas de carne de churrasco. Além de beber litros de uma bebida alcoólica que parecia algo como ki-suco de acerola com vodka. Um horror, mas era alcoólico e destilado. E eu bebi assim mesmo.
Palmeiras - RJ comemorando seu primeiro aniversário
Prova que eu tava me empaturrando de carne
Isso tudo quer dizer que eu não deveria ter sequer pensado em correr no dia seguinte. O churrasco foi muito bom, me diverti com torcedores do meu time, bebi um troço esquisito alcoólico de cor meio avermelhada e promovemos o projeto "São Marcos na calçada da fama, já!".

No dia seguinte, a corrida. Já tinham me dito que correr ou fazer qualquer exercício aeróbico depois de comer muita carne e álcool era certeza de fracasso e perda de rendimento. Realmente, nunca seis quilômetros nunca me pareceu tão longe.

Durante a corrida, eu que já suo muito normalmente, sentia que suava mais e mais, mas não por aumento de velocidade ou manutenção de ritmo mais forte. Mas por causa de uma sobrecarga de proteínas de difícil digestão do dia anterior, aliada a uma disfunção hepática para metabolização de um carboidrato complexo que é o álcool. Isso fez com que eu me desgastasse de forma completamente anômala prejudicando muito o meu rendimento que, sejamos sinceros, nunca foi lá grande coisa. Isso é visível no meu rosto durante a corrida fotografado por essas empresas de fotografia que ficam espalhados pelo percurso tirando fotos, muitas vezes, constrangedoras.
Parecia um cadáver resgatado do voo AF447 (foto: MidiaSport)
Após o quarto quilômetro, realmente vi que a coisa estava numa situação extrema e crítica, tanto que, depois de pegar um copo de água, minhas pernas já não obedeciam como deveriam. E por diversas vezes deixei de correr para andar, para recuperar o fôlego que já nem existia mais. Não me lembro quantas vezes eu parei de correr para andar, mas foi pelo menos umas quatro vezes. Esse cara com cara de bandido atrás de mim na foto ficou o tempo todo gritando, mandando eu não parar. Como se fosse uma opção minha! Não sei se ele era um desses incentivadores de pessoas. Acho que até funcionou em parte, pois ter um cara desses atrás de você gritando é assustador. E a gente acaba correndo com medo de levar um soco ou um tiro... Sei lá. Melhor não saber.

No final das contas, meu tempo líquido foi de 33 min 24 seg, ficando em 752º lugar geral e 107º por faixa etária. Ou seja, três minutos a mais que no ano anterior. Isso me desanimou e muito.

Mas quando a gente cruza o pórtico de chegada, pega isotônicos, frutas, medalha de participação (o de sempre), tudo fica pra trás. E fica mesmo, pois nesse ano foi a única corrida que participei.
Já melhor. Um pouco.
Mesmo correndo lentamente, sem a menor forma física e emocional, levei "apenas" pouco mais que meia hora. E desta vez, por não ter o que fazer, esperei o povo do Chão do Aterro (i.é., Toninho e Cláudio).

Nesta corrida, a barraca do Chão do Aterro ficava a beira do corredor de chegada do povo da meia maratona e da maratona. E lá fiquei esperando o Toninho e o lento do Cláudio. Vendo a chegada de um monte de gente dos trajetos mais longos, percebi que tinha um monte de bambis* correndo com seus uniformes de jogo. Via um, dois, um monte delas chegando, fora os que já tinham corrido a Family Run (a maioria) que estavam perto da barraca do Chão. Como o tédio me faz ter criatividade nem sempre saudável, resolvi tirar um barato com um bando de sãopaulinos que tinha ali, perto de mim.

Cheguei no grupo e perguntei se eles eram de um bar em Copacabana chamado Guimo´s Pub (antro da bicharada sãopaulina) e prontamente um cervídeo me respondeu que sim. E me perguntou se eu também frequentava lá. Eu respondi que eu não corria muito, pois porco não corre bem, que quem corre bem é bambi! A biba ficou furiosa e começou a falar algo sobre eu ser marrento e tirar onda com a cara delas. Fez meu dia! Fiquei rindo sozinho.

Algum tempo depois o Toninho cruza o pórtico de chegada e horas depois, o Cláudio vem se locomovendo como um daqueles Barbapapas de antigamente.
Eu, Cláudio, Matheus sendo enforcado pelo Toninho
*Bambi = torcedor do time do São Paulo Fashion Clube. Igualmente conhecidas como bicharada, bibas, bailarinas do Morumbicha.


Torcedores do São Paulo que por algum acaso lerem este blog, não levem a mal. Apenas provocações naturais de um Palmeirense fanático.

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