terça-feira, 31 de agosto de 2010

Corrida Leblon-Leme - 2008, 8 Km

Dia 13 de janeiro de 2008.
São Francisco, sempre me protegendo
Após 27 anos sem participar de uma corrida de rua, resolvi me inscrever nesta corrida com a mesma distância da primeira e até então última. É aquilo, estava me exercitando na esteira na academia e me animei, ainda mais porque o Toninho e o Cláudio ficavam enchendo o saco pra eu correr. Já tinha feito um teste ergométrico onde o resultado foi ótimo para um ex sedentário. No laudo dizia que eu tinha uma capacidade cardiorrespiratória excelente. Por incrível que pareça.


Pra isso, resolvi treinar. Acho que corri os 8 Km na esteira 3 vezes num espaço de 2 semanas e 1 vez no Aterro com o Cláudio. Ia até fazer mais um treino no Aterro com o Toninho, mas no dia tava um tempo meio esquisito e quando liguei, o Toninho, do alto da sua sabedoria indígena me garantiu que certamente iria cair um toró inviabilizando o treino. Fui então pra academia correr na esteira. Isso foi numa quinta feira antes da corrida. E não choveu absolutamente nem uma gota. Ou seja, como meteorologista, ele é um ótimo corredor. E o tênis Asics que tinha comprado depois de fazer aquele teste de pisada tinha causado uma grande bolha no meu pé direito, na curvatura medial. Três dias antes da corrida. Até o dia da corrida andei com curativo pra ver se melhorava alguma coisa, mas necas de pitibiribas.


Dia da corrida. Fiz um curativo com micropore, algodão e pomada anestésica no pé, calcei o tênis desgracento e estava pronto pra ir pra corrida. Fomos de táxi até o Leblon, local da largada. Aquecimento, alongamento, fotos e largada!
Logo na largada, só vi o Toninho sumir correndo como uma gazela saltitante. Tinha alguém, acho que era esse de cabelos iguais a fios de ovos, me ultrapassar solenemente. Ou seja, na verdade, eu era tão lerdo que o único que não me ultrapassou foi o Cláudio, que é o real lesma lerda do blog.


Ah, logo no primeiro quilômetro também fui ultrapassado por um bebê. Num desses carrinhos de bebê triciclo. E fui seguindo pela Av. Delfim Moreira, passando pelo Jardim de Alá, Av. Vieira Souto até entrar na rua Francisco Otaviano, no Arpoador.


Lá, tinha um velho manco que cada vez que aproximava dele, ele aumentava a velocidade. E eu diminuia. E ele também. Eu acelerava e ele também. O desgraçado foi correndo na minha frente até o Leme... Mas o pior não era isso. Era entrar na Av. Atlântica e ver que ainda faltava toda Copacabana e Leme. Nunca o Leme me pareceu tão longe. Nessa hora percebi que o curativo da bolha que tinha feito já não adiantava mais nada. Só sentia a sola do pé queimando. Mas na adrenalina, dava pra aguentar.


Continuei e até que não achei tão ruim avançar pela Atlântica, pegando uns copos de água nos postos de hidratação. Ao entrar no Leme, depois de passar pela Av. Princesa Isabel, vi novamente o velho manco. Nessa hora, eu resolvi que o senhor cambeta não iria chegar na minha frente. E ultrapassei sem dó. Uau! Nas últimas centenas de metros arranquei e cheguei com o tempo líquido de 46 min 02 seg. Colocação geral: 1226º lugar...
A minha chegada filmada pelo Toninho.


Chegada, devolver chip de cronometragem, beber uns isotônicos, receber medalha de participação e claro, fotos. Nesta foto acima, Maicon, Cláudio, Bruna, Toninho, Renan e eu, com o número de peito 1699.


O pior foi a volta. Como todos sabem, eu não ando mais de ônibus. Mas como ninguém quis rachar um táxi comigo, tive que me render a andar neste coletivo dos infernos até em casa...

Nenhum comentário:

Postar um comentário